Quando, na Antiguidade, alguém queria matar um urso, pendurava uma pesada tora de madeira em cima de uma vasilha com mel.

O urso empurrava a tora com força, a fim de afastá-la do mel. A tora voltava e o atingia. O urso ficava irritado, feroz, e empurrava a tora com mais força ainda, e esta o atingia por sua vez com muito mais força.

Isso continuava até o urso ser morto.

Se nos fixarmos nesse fato, numa reflexão rápida e despretensiosa, poderíamos afirmar que as pessoas fazem o mesmo quando pagam o mal com o mal que recebem dos outros.

Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente,...,Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;  (Mateus 5:38-48

Pensamos então: Será que nós, seres humanos, não podemos ser mais sábios do que os ursos?

Empurramos a tora cada vez com mais força, mesmo sabendo que ela irá retornar e nos ferir!

As Leis de Deus são muito precisas ao nos revelar esta sua característica.

Todas nossas ações são causas que irão sempre gerar uma conseqüência no Mundo.

Quando retribuímos com voz alterada e raivosa, uma palavra agressiva que nos fere o íntimo, estamos apenas empurrando a tora, e esquecendo o mel.

Nesta analogia, o mel seria o entendimento com o outro, a felicidade, a paz que tanto desejamos.

Só que, comumente, acabamos por nos entreter tanto com os empurrões da tora, que acabamos deixando o mel, a felicidade, esquecida num canto.

O objetivo do urso nunca será empurrar a tora. Sua meta é o mel, o alimento. A tora é um obstáculo a se contornar, um desafio apenas.

Se o animal pudesse raciocinar como o ser humano, nesta situação em particular, certamente pensaria numa forma de cortar a corda que sustenta a tora, ou num jeito de retirar o pote de mel debaixo dela.

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Esta é a sabedoria do bem. Procurar outra alternativa que não a de retribuir o mal com o mal.

A sabedoria do bem proporciona, ao recebermos palavras amargas, uma pequena reflexão antes da reação eminente.

A sabedoria do bem busca compreender o momento do outro, a dor do outro, a angústia e infelicidades íntimas que o moveram a soltar pela boca o veneno que guarda na alma.

A sabedoria do bem nunca é conivente com o mal, e nem mesmo tolerante com ele. É, sim, compreensiva com o outro ser. Tolerante, indulgente com seu irmão.

A sabedoria do bem requisita criatividade, para que consigamos abrir a mente e pensar em outras soluções para resolver nossos problemas, que não a vingança.

A vingança será sempre a ação mais reativa, menos pensada, e que trará, sem dúvida alguma, a tora de volta para nos machucar tantas e tantas vezes.

A sabedoria do bem requisita amor. Amor pela vida, pelo Criador, sabendo que nenhum desastre, nenhum mal nos alcança sem razão.

Só quem ama o Criador confia em Seus desígnios, confia que tudo acontece para nosso bem, e desta forma não cultiva ódio por seus opositores na Terra, apenas compaixão.

Só a sabedoria do bem consegue eliminar os círculos viciosos nos quais nos aprisionamos ao longo dos milênios.

Só a sabedoria do bem em ação irá expulsar deste Mundo a guerra, o ódio e a violência.

O verdadeiro ensinamento do amor é forte: ele mata o mal antes que o mal possa crescer e tornar-se poderoso.

O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo a prudência." (Provérbios 9:9)

Deus te abençoe! Busque a sabedoria do alto.

Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz." (Tiago 3:17-18)

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