A “Conexão Mórmon”: Ellen White Plagiou de Joseph Smith?

Alguns Adventistas recuariam horrorizados ao ouvir que várias das visões e profecias de Ellen White se baseiam nos escritos de Joseph Smith. Mas estou adiantando a história.

Vinte anos de estudo, oitenta caixas de documentos

Recentemente, Carolyn (minha esposa) estava atualizando o banco de dados de correspondência de nossa revista Proclamação! e notou que a mensagem enviada a Phyllis Watson, de Angwin, Califórnia, voltou marcada como “falecida”. Alguns de nós sabíamos sobre a pesquisa de Phyllis; ela estava preparando um livro que mostraria a dependência de Ellen White de Joseph Smith em suas primeiras visões e declarações extra-bíblicas. Nós não queríamos publicar nenhum de seus materiais, até que o livro fosse impresso.

Tanto Phyllis quanto seu escritor-fantasma [Nota do Tradutor: autor que participa na produção de uma obra escrita, mas sem receber créditos de autoria] foram estar com o Senhor antes de este trabalho estar concluído. O livro ainda pode ser impresso, mas há muito trabalho a ser feito para confirmar a evidência que ela compilou. Originalmente, Phyllis pretendia não ter seu nome ligado ao livro que deveria ser intitulado “A Conexão Mórmon”. Phyllis, no entanto, sabendo de seu estado de saúde frágil, queria que pelo menos alguns de seus trabalhos fossem preservados, então ela enviou a mim e a vários outros algumas de suas descobertas. Acredito que agora, por respeito aos anos de pesquisa que Phyllis fez, ela deveria ser reconhecida. Além disso, conversei pessoalmente com o filho dela, Dennis Watson, e ele me deu permissão para mencionar seu nome e usar seu material escrito.

A dependência ilusória do plágio

A partir das pesquisas feitas por Walter Rea, Fred Veltman, DM Canright, Sidney Cleveland, Ronald Numbers e muitos outros, é claro que Ellen White plagiou grandes quantidades de material. No entanto, muitas vezes ela não copiava textualmente; tal plágio teria sido muito fácil de detectar. Na maioria de suas cópias, portanto, ela e/ou seus secretários mudariam uma palavra aqui e uma frase ali para tornar menos aparente que ela estava recebendo suas idéias de outras fontes. De fato, muitas ilustrações de tais cópias de idéias e pensamentos são registradas em White Lie de Rea, em White Washed, de Sydney Cleveland, e em The Life of Mrs. EG White, Seventh-day Adventist Prophet — Her False Claims Refuted, de D. M. Canright, no capítulo “A Great Plagiarist”. [1]

Nem sempre é fácil provar a dependência de um autor em relação a outro, especialmente quando o autor que “pega emprestado” quer esconder sua dependência. De fato, várias possibilidades devem ser consideradas para determinar se um autor copiou ou não. Por exemplo, os dois escritores podem ter citado ou extraído de uma fonte comum, como a Bíblia ou dados históricos. Outra possibilidade é que ambos os escritores tenham usado as mesmas palavras, estilo e assunto. Quando palavras semelhantes - especialmente palavras incomuns - são encontradas em grupos ou na mesma ordem, essa ocorrência pode indicar uma forma de plágio. Outra possibilidade a considerar é que ambos os escritores podem ter sido inspirados pelo mesmo espírito.

Embora essas opções devam ser sempre consideradas, se houver similaridade suficiente em palavras, estilo e assunto, podemos seguramente concluir que um autor copiou do outro, especialmente se as palavras e frases semelhantes não forem expressões comuns. Além disso, se um autor afirma estar escrevendo literatura cristã e usa palavras, idéias ou temas repetidos que não são encontrados nas Escrituras, mas que são encontrados no trabalho de outro autor, essa semelhança pode indicar dependência.

Evidência de plágio enganoso

Em uma carta ao historiador e escritor Adventista L. E. Froom, datada de 8 de janeiro de 1926, o filho de Ellen, Willie White, ofereceu as seguintes informações sobre sua mãe:

“Apesar de todo o poder que Deus deu para apresentar cenas nas vidas de Cristo e Seus apóstolos e Seus reformadores de uma forma mais forte e mais reveladora do que outros historiadores ... ela sempre sentiu o mais intensamente o resultado de sua falta de educação escolar. Ela admirava a linguagem em que outros escritores apresentavam aos seus leitores as cenas que Deus lhe apresentara em visão, e ela achava que era um prazer, uma conveniência e uma economia de tempo usar a sua linguagem total ou parcialmente para apresentar aquelas coisas que ela conhecia através de revelação, e que ela desejava transmitir a seus leitores.” [2]

Além disso, Willie White publicou a seguinte declaração muito reveladora sobre sua mãe em 23 de fevereiro de 1984:

“Nos primeiros dias de seu trabalho, foi prometida à mãe sabedoria na escolha dos escritos de outros que a capacitasse a selecionar as pedras da verdade do lixo do erro. Todos nós já vimos esse cumprimento e, no entanto, quando ela me contou isso, ela me advertiu a não contar isso aos outros.” [3]

Depois que Walter Rea publicou seu livro White Lie, que demonstrou seu plágio em massa, os líderes denominacionais nomearam o Dr. Fred Veltman para fazer um estudo aprofundado de O Desejado de Todas as Nações, considerado ser o melhor livro de Ellen White para determinar se o trabalho de Rea era preciso. Dr. Veltman levou oito anos pesquisando este livro, comparando-o a muitos - mas não todos - dos livros que foram as fontes de suas declarações. A Revista Ministério informou sobre o relatório Veltman após a sua conclusão:

“O relatório oficial de Veltman concluiu francamente que não apenas Ellen White vorazmente copiara as obras de outros escritores, como também ela e seus colegas de trabalho tinham deliberadamente mentido para encobrir a verdade de suas cópias. Aqui estão duas das conclusões do relatório Veltman:” [4]

“É de suma importância notar que a própria Ellen White, não seus assistentes literários, compuseram o conteúdo básico do texto O Desejado de Todas as Nações. Ao fazê-lo, foi ela quem tomou expressões literárias das obras de outros autores sem lhes dar crédito como suas fontes. Em segundo lugar, deve-se reconhecer que Ellen White usou os escritos dos outros de forma consciente e intencional… Implícita ou explicitamente, Ellen White e outros que falaram em seu nome não admitiram e até negaram a dependência literária de sua parte”. [5]

Aqui está a conclusão pessoal do Dr. Veltman sobre a integridade de Ellen White:

“Devo admitir no início que, em minha opinião, esse é o problema mais sério a ser enfrentado em conexão com a dependência literária de Ellen White. Isso atinge o coração de sua honestidade, sua integridade e, portanto, sua confiabilidade.” [6]

Negação de plágio em todo o seu ministério

Significativamente, tanto Tiago quanto Ellen White negaram que ela tenha obtido seus “testemunhos” de qualquer fonte que não seja Deus. A seguir, alguns exemplos dessas negações:

1847, Tiago White: “[Ellen White] não ‘obtém os sentimentos’ de suas visões de ensinamentos ou estudos anteriores”. [7]

1873, Ellen White: “Alguns estão prontos para perguntar: Quem disse à irmã White essas coisas? Eles até me colocaram a questão: alguém lhe contou essas coisas? Eu poderia respondê-las: sim; sim, o anjo de Deus falou comigo ... Mas ... para o futuro, não vou menosprezar os testemunhos que Deus me deu, para dar explicações para tentar satisfazer essas mentes limitadas, mas considerarei todas essas perguntas como um insulto ao Espírito de Deus.” [8]

1876, Ellen White: “O Senhor achou por bem me dar uma visão das necessidades e erros do Seu povo ... Eu fielmente coloquei diante dos infratores suas faltas e os meios de remediá-las, de acordo com os ditames do Espírito de Deus ... Assim, o Espírito de Deus pronuncia advertências e julgamentos.” [9]

1906, Ellen White: “Escrevi muitos livros e eles receberam ampla circulação. De mim mesma eu não poderia ter revelado a verdade nestes livros, mas o Senhor me deu a ajuda de Seu Santo Espírito. Esses livros, dando a instrução que o Senhor me deu durante os últimos sessenta anos, contêm a luz do céu e suportarão o teste da investigação.”

Os livros de Ellen White realmente suportarão o teste da investigação? Aqui está outra das conclusões do Dr. Veltman sobre o “melhor livro” de Ellen White:

“O conteúdo do comentário de Ellen White sobre a vida e ministério de Cristo, O Desejado de Todas as Nações, em sua maior parte [é] derivado [copiado] e não original. (…) Em termos práticos, esta conclusão declara que não se pode reconhecer nos escritos de Ellen White sobre a vida de Cristo qualquer categoria geral de conteúdo ou catálogo de idéias que seja exclusivo para ela.” [11]

Conexão entre Ellen White e o Mormonismo

Claramente, Ellen Harmon foi influenciada por William Miller sobre o assunto do segundo advento, mas quem teve a maior influência sobre suas opiniões religiosas neste momento: a Igreja Metodista ou William Miller? Alternativamente, houve outra influência poderosa ainda não descoberta que moldou seu trabalho? Os Mórmons se mudaram para o Saco Valley em 1832, e para Portland, Maine, em 1835. Ellen Harmon era apenas uma criança pequena quando esses eventos ocorreram; no entanto, em 1842, quando ela teve seu primeiro sonho de entrar em um templo, ela era uma jovem de quinze anos. É um fato bem conhecido que Ellen tinha um apetite voraz por ler e “pegar emprestado” pensamentos, idéias e palavras de outras pessoas. Existe alguma evidência de que os escritos, ensinamentos e práticas de Joseph Smith, o profeta do Mormonismo, tenham influenciado Ellen White?

Muitos dos parentes de Ellen White tinham ligações Mórmons, e o Mormonismo estava florescendo na área onde Ellen viveu nos primeiros anos de sua vida. Em 1842, a prima de Ellen Harmon, Agnes Moulton Coolbrith Smith, viúva de Don Carlos Smith, tornou-se esposa do profeta mórmon Joseph Smith em Nauvoo, IL. [12]

Resumo

Damos apenas uma breve introdução aos fatos descritos acima:

  • Ellen White usou plágio massivo e enganoso.
  • Ellen White alegou que ela não gerou, mas recebeu sua informação, incluindo suas visões, de Deus.
  • Uma pesquisa feita por acadêmicos confiáveis, como o Dr. Walter Rea, apoiada pelo Dr. Fred Veltman, indica que pouco ou nenhum material novo veio da própria Ellen White. Em vez disso, a maioria, se não todo o material em seus escritos e até mesmo em suas visões, veio de outros.
  • Ellen White cresceu onde o Mormonismo estava florescendo. Muitos de seus parentes aceitaram o Mormonismo, incluindo sua prima em segundo grau, que era esposa de Joseph Smith.

Primeira visão

Se o resumo acima for verdadeiro, então poderíamos nos perguntar, de onde Ellen White obteve sua primeira visão e visões subsequentes? Algumas de suas visões poderiam ser uma reflexão velada dos ensinamentos Mórmons?

A seguir, uma comparação entre a visão de Joseph Smith descrita em seu livro de 1° Néfi e o relato de Ellen White sobre sua própria primeira visão:

J.S. , 1 Néfi 8:2, 9, 19, 20, 24, 30, 32

“Eis que sonhei um sonho…

E aconteceu que depois de orar ao Senhor, vi um campo largo e espaçoso.

E vi uma barra de ferro que se estendia pela barranca do rio e ia até a árvore onde eu estava.

E vi também um caminho estreito e apertado, que acompanhava a barra de ferro até a árvore onde eu estava; e passava também pela nascente do rio, indo até um campo grande e espaçoso que parecia um mundo.

E aconteceu que vi outros avançando com esforço; e chegaram e conseguiram segurar a extremidade da barra de ferro; e empurraram-se através da névoa de escuridão, apegados à barra de ferro, até que chegaram e comeram do fruto da árvore.

Para escrever sucintamente, porém, eis que viu ele outras multidões que avançavam com esforço; e chegavam e agarravam-se à extremidade da barra de ferro; e avançavam, continuamente agarradas à barra de ferro…

Muitos se perderam de sua vista, vagando por estradas desconhecidas.”

EGW, 2T 594-497

“Enquanto estava em Battle Creek, em agosto de 1868, eu sonhei ... Tornando-se o caminho mais estreito ... apareceram pequenas cordas que caíam do alto da alvíssima muralha; estas foram avidamente agarradas por nós para nos ajudarem a manter o equilíbrio no caminho. … Apoiamos então quase todo o nosso peso nas cordas, exclamando: ‘Temos apoio de cima! Temos apoio de cima!’ As mesmas palavras foram proferidas pela multidão toda, no caminho estreito. … Onde estavam esses tais agora? Não se achavam na multidão. Em cada mudança que se fazia, alguns eram deixados atrás… Diante de nós, do outro lado do precipício, havia um belo campo de relva verde… Coisa alguma que eu houvesse visto sobre a Terra poderia comparar-se em beleza e glória com esse campo.”

J.S., 1 Néfi 8:26-33

“E eu… vi… um grande e espaçoso edifício …

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Ele viu outras multidões avançando …

E ele também viu outras multidões se encaminhando para o grande e espaçoso edifício …

E grande foi a multidão que entrou naquele edifício estranho. Depois que eles entraram naquele prédio, eles apontaram o dedo de desprezo para mim.”

EGW, EW 78-79

“Eu sonhei de ver um templo para o qual muitas pessoas estavam se aglomerando ... Na minha ansiedade de chegar ao templo, não notei nem me importei com a multidão que me rodeava. Ao entrar no prédio, vi que o vasto templo era sustentado por um imenso pilar. Mesmo depois de entrar no prédio, surgiu um medo e um sentimento de vergonha por eu ter que me humilhar diante dessas pessoas.”

J.S. 1 Néfi 8:1, 21-23, 28

“Eu vi uma visão… e eu vi …

E aconteceu que surgiu uma névoa de escuridão; sim, uma excessiva e grande névoa de escuridão, de tal modo que aqueles que haviam começado no caminho se desviaram do caminho, se afastaram e se perderam.

… E eles caíram em caminhos proibidos.”

EGW, EW 14; WLF (Palavra para o Pequeno Rebanho), p. 14

“Deus me mostrou em visão santa ... Eu vi ... a luz atrás deles saiu deixando seus pés em perfeita escuridão, e eles tropeçaram e tiraram seus olhos do alvo e perderam a visão de Jesus, e caíram do caminho no mundo escuro e mau abaixo. Era igualmente impossível para eles entrarem no caminho novamente e ir para a Cidade como todo o mundo perverso que Deus rejeitara. Eles caíram por todo o caminho ao longo do percurso.”

J.S. Néfi 7: 16-20

“E eles me amarraram com cordas …

Mas aconteceu que eu orei ao Senhor, dizendo: Ó Senhor, segundo a minha fé que há em ti, livre-me das mãos de meus irmãos; sim, até me dê força para que eu possa estourar essas faixas com as quais estou preso.

E aconteceu que, quando eu disse estas palavras, eis que as algemas foram soltas de minhas mãos e pés.”

EGW, EW 240-242

“Eu vi uma série de grupos que pareciam estar unidas por laços... Ouvi a voz de uma oração fervorosa e angustiante ... depois vi aqueles que estavam orando estenderem as mãos em busca de ajuda e finalmente quebraram as cordas que os prendiam.”

Se assumirmos que Ellen White não foi a fonte real de grande parte de seus escritos, pode-se perguntar de onde ela tirou suas falsas profecias. Elas poderiam ter vindo do falso profeta Joseph Smith?

Joseph Smith previu a divisão entre os estados do Norte e os estados do Sul dos Estados Unidos, em 25 de dezembro de 1832.

“Em verdade, assim diz o Senhor a respeito das guerras que em breve acontecerão, a começar pela rebelião da Carolina do Sul, que acabará por terminar na morte e miséria de muitas almas; e chegará o tempo em que a guerra será derramada sobre todas as nações, começando neste lugar. Pois eis que os estados do Sul se dividirão contra os estados do Norte, e os estados do Sul chamarão outras nações, até mesmo a nação da Grã-Bretanha, como é chamada, e convocarão outras nações, a fim de se defenderem contra outras nações e então a guerra será derramada sobre todas as nações. E acontecerá que, depois de muitos dias, os escravos se levantarão contra seus senhores, que serão ordenados e disciplinados para a guerra.” [13]

Ellen White parece seguir a previsão de Joseph Smith. Ela escreveu a seguinte previsão em 4 de janeiro de 1862.

“Foi-me mostrado algumas coisas em relação à nossa nação .... Minha atenção foi chamada para a rebelião do Sul ... O sistema de escravidão, que arruinou nossa nação, é deixado para viver e provocar outra rebelião ... Parece impossível ter a guerra conduzida com sucesso… Foi-me mostrado que, se o objetivo dessa guerra fosse exterminar a escravidão, então, se desejado, a Inglaterra teria ajudado o Norte… Esta nação ainda será humilhada no pó. A Inglaterra está estudando se é melhor tirar proveito da atual condição fraca de nossa nação e se aventurar a fazer guerra contra ela. Ela está ponderando o assunto, e tentando soar outras nações ... se a Inglaterra pensar que vai valer a pena, ela não hesitará um momento para melhorar suas oportunidades de exercer seu poder e humilhar nossa nação. Quando [note esta afirmação profética] a Inglaterra declarar guerra, todas as nações terão um interesse próprio para servir, e haverá guerra geral, confusão geral.”

Curiosamente, a previsão de Ellen White de que a Inglaterra entraria na Guerra Civil ocorreu quase 30 anos depois de Joseph Smith ter escrito sua previsão. Ela facilmente poderia ter acesso ao seu livro Doutrina e Convênios, e o momento de sua profecia - ocorrendo bem no meio da guerra - teria sido atraente para o seu rebanho.

Agora, vamos considerar uma das mais evidentes profecias de Ellen White. Ela afirmou que algumas das pessoas que participavam de uma conferência com ela não veriam a morte, mas viveriam para ver Cristo voltar. Poderia ser possível que mesmo essa ideia viesse do falso profeta Joseph Smith - um falso profeta seguindo o outro? Por outro lado, talvez ambos os profetas seguissem seu “anjo” - um ser que parece ter sido um anjo mentiroso. Ellen, de fato, recebeu sua primeira visão apenas alguns meses depois da morte de Joseph Smith. O Millerismo estava crescendo, mas algumas das pessoas que estavam se juntando ao movimento estavam reclamando que os mileritas não tinham um profeta vivo como os Mórmons tinham. Alguém tem que se perguntar se o anjo de Joseph Smith se tornou o anjo de Ellen White.

J.S. , 3 Néfi 28:7, 8, 25

“Portanto, bem-aventurados sois vós, porque nunca provareis da morte; mas vivereis para ver todas as obras do Pai aos filhos dos homens, até que todas as coisas sejam cumpridas de acordo com a vontade de meu Pai, quando eu vier na minha glória. E nunca suportareis as dores da morte ... eis que eu estava prestes a escrever os nomes daqueles que nunca provariam a morte, mas o Senhor o proibiu; portanto não os escreverei, porque estão escondidos do mundo.”

EGW, 1 T 131-132; LS 321 (dois registros com alguma variação)

“Foi-me mostrado o grupo presente na conferência. Disse o anjo: ‘Alguns alimento para vermes, alguns sujeitos às sete últimas pragas, alguns estarão vivos e permanecerão na Terra para serem transladados na vinda de Jesus.’”

“Na conferência, uma visão muito solene me foi dada. Eu vi que alguns dos presentes seriam alimento para vermes, alguns sujeitos às sete últimas pragas, e alguns seriam transladados para o Céu na segunda vinda de Cristo sem ver a morte.

É nosso entendimento que Ellen White, que lembra o relato de Joseph Smith, se recusou a publicar a lista daqueles que estavam presentes naquela reunião que supostamente não morreriam. Alguém fez uma lista, no entanto, mas a lista não tem sentido, já que todos os citados morreram há muitos anos.

No artigo “A Mensagem Adventista de Saúde: De Onde Ela Veio?”, na edição da revista primavera de 2015, edição da revista Proclamação!, a autora Cheryl Granger citou as palavras de Ellen White:

“Assim como nossos primeiros pais perderam o Éden por meio da condescendência com o apetite, nossa única esperança de recuperar o Éden é por meio de uma firme negação de apetites e paixões.” [15]

Curiosamente, esta ideia reflete a mesma idéia representada nos ritos de iniciação Mórmon:

“Nos ritos de iniciação mórmons, iniciados representando Adão e Eva no Jardim do Éden permaneciam diante do véu em frente à sala de investidura, o apóstolo Pedro fazia seus juramentos que levam à vida eternal, incluindo ‘um lembrete constante de que desejos, apetites e paixões devem ser mantidos dentro dos limites que o Senhor estabeleceu.’” [16]

É de interesse que o relato de Gênesis não diga nada sobre apetite ou paixões. Adão e Eva não comeram demais da árvore nem se permitiram um apetite proibido; antes, eles duvidaram da palavra de Deus e acreditaram na mentira de Satanás de que o fruto os tornaria sábios.

Conclusão

Durante anos, nós, no Life Assurance Ministries, conhecemos os muitos problemas nos escritos de Ellen G. White. Sem dúvida, Ellen White escreveu algumas coisas precisas. No entanto, mesmo em seus melhores livros, encontraremos erros misturados com a verdade. Essa mistura torna seus escritos ainda mais perigosos porque seus enganos são camuflados em meio a detalhes que parecem corretos.

Esses erros incluem o seguinte:

  • Muitas adições não bíblicas às Escrituras;
  • Muitas contradições flagrantes com as Escrituras;
  • Muitas auto-contradições;
  • Algumas contradições aos fatos históricos;
  • Muitas contradições aos fatos da ciência;
  • Cerca de 10 falsas profecias;
  • Algumas falsas visões - o que ela “viu” não estava lá;
  • Declarações feitas sobre outros que se mostraram falsas;
  • Visões baseadas no que outras pessoas disseram a ela;
  • Tomar o conselho de seu marido morto;
  • Plágio maciço e enganoso de bons escritores evangélicos enquanto afirmava que ela recebia essa informação de Deus;
  • Baseando visões em informações extra-bíblicas, incluindo os escritos de Joseph Smith;
  • Muitas declarações que minam, confundem ou contradizem o evangelho.
  • Pode-se imaginar por quanto tempo os líderes Adventistas continuarão a enganar seus membros sobre a verdadeira natureza dos escritos de Ellen White.

 

Referências

  1. Todos esses títulos estão disponíveis em www.ratzlaf.com/books.
  2. Le Roy Froom, Ellen G. White, The Lonely Years, p. 31.
  3. William C. White, Secretário, EGW Estate, Washington, D.C., Review and Herald, Fevereiro 23, 1984.
  4. Sydney Cleveland, White Washed, LAM Publications, p. 8.
  5. “The Desire of Ages Project: The Conclusions,” Ministry, November, 1990, p. 11.
  6. Ibid., p. 14.
  7. James White, To the Remnant Scattered Abroad, 1847.
  8. Ellen White, Selected Messages, livro 3, p. 62.
  9. Ellen G. White, Testimonies for the Church, vol. 4, p. 14.
  10. Ellen G. White, Selected Messages, livro 1, p. 35.
  11. Ministry, November, 1990, p. 12.
  12. United by Faith—The Joseph Sr. and Lucy Mack Smith Family, pp. 361, 362. Editado por Kyle R. Walker.
  13. Joseph Smith, Doctrine and Covenants, p. 87:1-4
  14. Ellen White, Testimonies for the Church, vol. 1, p. 253-259.
  15. Ellen G. White, Testimonies for the Church, vol. 3, p. 491.
  16. Jerald and Sandra Tanner, Evolution of the Temple Ceremony, p. 94, 136.

Traduzido a partir de The Mormon Connection. Did Ellen White copy from Joseph Smith? <http://www.lifeassuranceministries.org/proclamation/2015/2/themormonconnect.html>.

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