Uma das palavras hebraicas traduzida por praga no livro de Êxodo significa dar “golpes ou ferir”. Outras duas palavras descrevem as pragas como sinais e juízos. De modo que as pragas foram tanto sinais divinos que demonstraram que o Senhor é o Deus Supremo, como atos divinos pelos quais Deus julgou os egípcios e libertou a seu povo, golpeando as crença nas divindades egípcias.

As pragas ao serem derramadas no Egito, houve dez prodígios, coletivamente chamados julgamentos (Êxodo 7.4) e também sinais e maravilhas (Êxodo 7.3). Essas pragas foram à reação da justiça de Deus contra a iniqüidade e a obstinação. Mui provavelmente, combinavam os fenômenos naturais com a intervenção divina, intervenção esta que servia de elemento controlador.

As pragas foram à resposta de Deus à pergunta de Faraó: Quem é o Senhor, cuja voz ouvirei? (Êxodo 7.17). Cada praga foi, por outro lado, um desafio aos deuses egípcios e uma censura à idolatria. Os egípcios prestavam culto às forças da natureza tais como o rio Nilo, o Sol, a Lua, a Terra, o Touro e muitos outros animais. Agora as divindades egípcias ficaram em evidente demonstração de sua impotência perante o Senhor Todo-Poderoso, não podendo proteger os egípcios nem intervir a favor de ninguém.

A ORDEM DAS PRAGAS É A SEGUINTE:

1.ª PRAGA – AGUAS TRANSFORMADA EM SANGUE (ÊXODO 7.14-25)

Foi um golpe contra o deus Hapi, o deus protetor das inundações do Rio Nilo. O Rio Nilo era considerado um deus e o deus hapi intervia junto o deus Nilo nas inundações. Deus resolveu zombar dessas divindades que não tiveram forças para impedir que suas águas apodrecessem e cheirassem mal.

2.ª PRAGA – A INVASÃO DE RÃS (ÊXODO 8.1-15)

Os egípcios relacionavam as rãs com a deusa da fertilidade (Hekt). Todos que queriam a fertilidade invocavam tal divindade. O Deus verdadeiro zombou também dessa divindade, pois ela não conseguiu impedir que o Egito fosse invadido por rãs.

3.ª PRAGA – A INVASÃO DE PIOLHOS (ÊXODO 8.16-19)

O pó da terra, considerado sagrado no Egito, converteu-se em insetos muito importunadores. Os sacerdotes egípcios, ao ministrarem nos lugares sagrados, usavam vestes brancas de linho. Estas deveriam ser alvas, extremamente alvas. Raspavam a cabeça e, antes de entrar para o lugar sagrado, examinavam minuciosamente, porque não podiam ter no seu corpo ou suas vestes qualquer inseto imundo e abjeto. Curavam as pessoas usando o pó sagrado da terra do Egito. Esse pó considerado sagrado agora causava grandes feridas ao egípcios. Era uma profanação ao seus deuses. Devido a essa praga os sacerdotes egípcios ficaram impossibilitados de cumprirem seus rituais.

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4.ª PRAGA – A INVASÃO DE MOSCAS (ÊXODO 8.20-32)

Os egípcios tinham em deus chamado Belzebu, que na crença deles era poderoso para afugentar moscas. Enxames de moscas cobriram a terra do Egito. Infernaram Faraó e seu povo. Sacerdotes e magos clamaram a Belzebu e nada aconteceu. Mais um deus desmoralizado.

5.ª PRAGA – PESTE NOS ANIMAIS (ÊXODO 9.1-7)

Foi um golpe contra Amom, o deus adorado em todo Egito, tinha a forma de um carneiro, animal sagrado. No baixo Egito, Amom era adorado em forma de um touro, ou bode, deus protetor dos rebanhos do Egito. Como se pode notar, tal divindade foi incapaz de proteger o rebanho egípcio.

6.ª PRAGA – ÚLCERAS (ÊXODO 9.8-12)

Um duro golpe contra o deus Tifon. Na crença deles essa divindade protegia os egípcios contra qualquer ferida que fosse causada por qualquer coisa. Os sacerdotes invocavam a Tifon e as cinzas do altar dele eram jogadas em todos os doentes. Agora, os próprios sacerdotes foram os primeiros a serem infectados.

7.ª PRAGA – SARAIVA (ÊXODO 9.13-35)

Um golpe contra a deusa Serafis, protetora da lavoura do Egito. A tempestade de trovões, raios e saraiva devastou a vegetação, destruiu as colheitas de cevada e de linho e matou os animais do Egito. Este tipo de tempestade era quase desconhecido do Egito. O termo trovão em hebraico significa literalmente “Vozes de Deus” e aqui insinua que Deus falava em juízo contra aquela nação pagã e contra seu panteão de deuses. Os egípcios que escutaram a advertência de Deus, conseguiram salvar o seu gado.

8.ª PRAGA – INVASÃO DE GAFANHOTOS (ÊXODO 10.1-20).

Os egípcios tinham além de Serafis, tinham também a Isis que protegiam toda a vegetação de suas terras. A praga de gafanhotos trazida por um vento oriental consumiu a vegetação que havia sobrado da tempestade de saraiva. Isis e Serafis foram impotentes para proteger o Egito dos gafanhotos.

9.ª PRAGA – TREVAS (ÊXODO 10.21-29)

As trevas encobriram o Egito inteiro, excetuando a terra de Gósen, onde Israel habitava. As trevas foram totais e absolutas. Um homem não conseguia ver o outro mesmo que estivesse a um palmo apenas na sua frente. Fora um grande golpe a todos os deuses do Egito, especialmente contra o deus Rá, o deus solar. Os luminares celestes, objetos de culto, eram incapazes de penetrar à densa escuridão. Foi um golpe direto contra o próprio Faraó, suposto filho de Rá, Faraó era chamado de “O FILHO DE SOL”.

10.ª PRAGA – A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS (ÊXODO 11.1-12.36)

O Egito estava completamente arruinado (Êxodo 10.7). Agora, passado cerca de um ano desde a primeira praga, vem o cumprimento da Lei da Semeadura. Os egípcios tinham matado as crianças dos judeus, agora eles mesmos colhiam o fruto da sua semeadura. A morte sobreveio à meia-noite. Um grande clamor de desespero ouviu-se por todo o Egito; e Moisés e seu povo não somente tiveram permissão para sair, mas foram exortados a saírem do Egito, de modo insistente. Acresça-se a isso que a Israel foram dados suprimentos abundantes para que pudessem partir.

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