Além dos costumes tradicionais de Natal que observamos, sem perceber, importamos outros mais que, mesmo sendo de origem pagã, são logo aceitos com entusiasmo, sem nenhum questionamento, sobre o porquê e assim deles nos utilizamos!

A coroa de azevinho

A “coroa de azevinho” (certamente nós a temos em casa ou tencionamos adquiri-la, o mais depressa possível, para enfeitar os umbrais de nossas portas!) – às vezes conhecida por “coroa de Natal”, com a qual se enfeitam. Como já frisamos,as portas de tantos lares “cristãos evangélicos”. É relíquia de eras pré-cristãs (isto é, pagãs), segundo a Enciclopédia Americana, (Vol. 6 – Pág. 623).

Frederick J. Haskins, no seu livro “Respostas a Indagações”, assim se refere à “coroa de azevinho”: “As autoridades no assunto acreditam identificar o uso da coroa de azevinho com os costumes pagãos de decorar residências, edifícios e lugares de culto religioso, na festa que ocorria durante o tempo em que se comemora o Natal”. Que cada um de nós aja segundo a sua consciência cristã.

Papai Noel

Alguém menos avisado dirá: “Certamente o bom velhinho, que tanto alegra as minhas crianças, não pode ser uma criação pagã”!!!  Lamento decepcioná-lo! Porém ele o é, e o seu caráter verdadeiro não é tão bom como imaginamos!

O Nome “Papai Noel” é uma corrupção do nome “São Nicolau”, um bispo católico romano que viveu no século V. Vejamos o que a Enciclopédia Britânica diz:

“São Nicolau, bispo da Myra, um santo venerado pelos gregos e latinos no dia 06 de Janeiro... A lenda de sua dádiva, oferecida às escondidas, de dotes às três filhas de um cidadão empobrecido... diz-se ter originado o velho costume de dar presentes às escondidas na noite de São Nicolau (06 de Janeiro), que mais tarde foi transferido para o dia de Natal (06 de Dezembro). Daí a associação do Natal com são Nicolau ou Papai Noel...”(Vol.19 – págs. 648-649).

Ora, durante o ano os pais “disciplinam”suas crianças por falarem mentiras. Então, na época do Natal, contam-lhes esta mentira do “Papai Noel”. Será que ao conhecerem a verdade, essas crianças não deixarão de acreditar em Deus, passando a vê-lo apenas como um mito?

Certo garoto, sentindo-se triste e desiludido ao saber a verdade sobre Papai Noel, comentou com o seu coleguinha; “eles vão ver, vou investigar também essa estória de Jesus Cristo”! É o caso de perguntar; pode ser considerado como cristão o ato de ensinar às nossas crianças esses mitos religiosos? Que as consciências cristãs respondam por si mesmas. O próprio Deus declarou em Colossenses 3:9: “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com seus feitos”. Pode até parecer correto e justificável pela razão humana contar mentiras às crianças, contudo a Palavra de Deus acrescenta em Provérbios 14:12: Há caminhos que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte"

O bom velhinho”de barba branca e vestes vermelhas com gola e punhos de armarinho é sempre representado por alguém que aparenta ser muito bonzinho. Mas a Bíblia nos adverte: E não é de admirar porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Coríntios 11:14). Ela também diz:

E foi expulso o grande dragão a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para terra, e com ele os seus anjos... Quanto, porém a... Todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber a segunda morte” (Apocalipse 12:9; 21:8).

A Árvore de Natal

Este adorno natalino data de poucos séculos atrás, embora a idéia de árvores sagradas seja muito antiga. “A árvore de Natal vem do Egito e sua origem data de um período muito antes da era natalina”, diz Frederick J. Haskins em seu livro “Respostas a Indagações”.

Uma antiga fábula babilônica falava de um pinheiro que renasceu de um velho tronco morto. Esse velho tronco simbolizava Ninrode morto, enquanto que o novo pinheiro simbolizava Ninrode revivido em Tamuz – filho deste com sua mãe Semíramis.

Entre os druidas o carvalho era sagrado. Entre os Egípcios a palmeira era sagrada. Em Roma o abeto era decorado com cerejas negras durante a Saturnália (Walsh: “Costumes Populares e Curiosidades”, Pág. 242).

O deus escandinavo Odin era considerado como um doador de presentes especiais na época do Natal àqueles que se aproximassem do seu abeto sagrado (Urlin: “festivais, Dias Santos e Santo do Dia”, P. 222).

Em pelo menos dez referências bíblicas a árvore verde está associada à idolatria e falsa adoração, conforme 1 Reis 14:23 etc. Ora, desde que todas as árvores são verdes, pelo menos durante  uma parte do ano, a menção especial da palavra “verde”provavelmente se refere às árvores que se conservam verdes durante o ano inteiro. Vejamos o que diz Urlin.

“A árvore de Natal... recapitula a idéia da adoração de árvores...castanhas e bolas simbolizam o sol... todas as festividades do solestício de inverno têm sido absorvidas no dia de Natal... o uso de azevinho e visco, das cerimônias druísticas; a árvore de Natal, das honras pagãs ao abeto sagrado de Odin” (Festivais, Dias Santos e Santo do Dia Pág. 238).

Levando tudo isso em consideração, é interessante comparar uma citação do profeta Jeremias com o costume moderno de decorar árvores na época de Natal:

 ... Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis com os sinais dos céus, porque com eles os gentios se atemorizam, Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice com machado; com prata e ouro o enfeitam. Com pregos e martelos o fixam, para que não oscile. Os ídolos são como espantalho em pepinal e não podem falar; necessitam de quem as leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal e não esta neles fazer o bem” Jeremias 10:2-5

As pessoas na época de Jeremias, conforme vemos nas passagens bíblicas acima, estavam realmente idolatrando uma árvore; a palavra artífice”não esta definindo um artesão, mas alguém que fabrica ídolos (Isaías 40:19-20; Oséias 8:4-6). E a palavra “machado”refere-se aqui específicamente a uma ferramenta de talhar.

Em Jeremias encontramos uma perfeita descrição de uma “árvore de Natal”, que o Deus eterno chama de “o caminho das nações”ou o “caminho dos gentios”. Ele nos proíbe de imitar esse caminho e, consequentemente, de segui-lo.

A árvore de Natal, nesta passagem é considerada um símbolo de idolatria. Ao citar essa passagem de Jeremias não queremos afirmar que as pessoas que hoje colocam “árvore de Natal”sob suas casas ou nas igrejas estejam adorando essas árvores. No entanto, tais costumes são exemplos vivos da mistura do paganismo com o cristianismo. Precisamos ter discernimento a respeito de nossos costumes, que têm aparência cristã e, no entanto, provêm do paganismo. Certas pessoas se enganam ao pensar que é lícito ter em sua casa uma “árvore de Natal”, mas não é isso que nos diz o texto de Jeremias.

Troca De Presentes 

Tertuliano menciona que a prática de trocar presentes era parte da Saturnália. Vejamos o que nos diz a “Biblioteca Sacra”, Vol. 12. Págs. 153/155: “A troca de presentes entre parentes e amigos é característica tanto do Natal como da Saturnália, e deve ter sido herdado do mundo pagão pelos cristãos, conforme nos mostra claramente a admoestação de Tertuliano. Nada existe de errado em trocar presentes, é claro! Os israelitas trocavam presentes em épocas de celebração, até mesmo daquelas observadas pela tradição”(Ester 9:22).

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Alguém poderá indagar: “Os reis magos do Oriente não levaram presentes para o menino Jesus?”Antes de mais nada, queremos chamar a atenção dos leitores para o fato de que o evangelista Mateus não os chama de “Reis Magos” mais simplesmente de “uns magos do Oriente” (Mateus 2:1). Ele nem sequer menciona os nomes desses magos. Tudo o que foi acrescentado à narração é apenas lenda (como quase tudo na Igreja de Roma).

O Doutor Donald C. Stamps, em sua “Bíblia de Estudos”, declara o seguinte: Esses homens provavelmente eram membros de uma classe religiosa culta, da região hoje chamada Irã, então chamada de Pérsia. Especializavam-se na astrologia, na medicina e na ciência pura que nada tinha a ver com a astrologia de hoje, um ramo do espiritismo. A visita dos magos ocorreu quando Jesus tinha entre quarenta dias e dois anos de idade (Mateus 2:16) – Bíblia de Estudos Pentecostal , Pág. 1387.

Muitas pessoas têm procurado ligar “os presentes de Natal” àqueles presentes oferecidos a Jesus pelos magos. Está errado. Pelo tempo em que os magos chegaram, Jesus já não estava mais “deitado na manjedoura” pois Mateus 2:11 diz claramente que:

Entrando em casa viram o menino, com Maria, Sua mãe, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra”.

Convém observar que eles não trocaram presentes entre si, mas somente ofereceram dádivas a Jesus. E por que então ofereceram dádivas ao recém nascido? Mateus responde: E perguntaram: Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus. Porque vimos a Sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo” Mateus 2:2.

Por acaso os magos ofereceram dádivas a Jesus por ser o dia do seu aniversário? De modo algum, pois chegaram muitos dias, ou semanas após a data do Seu nascimento.

Teria sido para nos deixar o exemplo de trocar presentes uns com os outros? Não, eles deram presentes a Jesus e não aos amigos e parentes dEle, ou qualquer outra pessoa.

Então, por que o fizeram? Adam Clark diz: “Os povos do Oriente nunca chegavam na presença de reis ou de grandes personagens sem um presente nas mãos. O costume é frequentemente encontrado no Velho Testamento e até hoje continua em vigor nos países do Oriente, inclusive em algumas ilhas recém-descobertas nos mares do sul”(Comentário, Vol. 5 – Pág. 46).

Eis o motivo. Os magos do Oriente não estavam instituindo um novo costume cristão de permutar ofertas entre amigos para honrar o nascimento de Jesus. Eles agiam conforme o antigo costume oriental de levar dádivas ao apresentar-se diante de um rei. Neste caso, eles compareciam diante da presença do próprio “Rei dos Judeus”.

Portanto, seguiram a tradição de levar uma dádiva, da mesma maneira que a Rainha de Sabá levara oferta ao Rei Salomão (1 Reis 10:10), e assim como hoje muitos que visitam chefes de estado levam-lhes presentes.

O costume de dar e receber presentes na época de Natal nada tem a ver com os relatos da Bíblia Sagrada; é apenas uma continuação da antiga tradição pagã.

Não seria bom que, em vez de trocarmos presentes na época de Natal, oferecêssemos preciosas dádivas todos os dias a Jesus? Dá-me filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradamdos Meus caminhos” Provérbios 23:26.

Muitos poderão objetar: “Muito embora o Natal, tenha sido um costume pagão em honra ao deus-Sol, agora já não é observado para honrar esse falso deus, mas sim para honrar Jesus Cristo”. Contudo, Deus em sua Palavra, nos ordena o seguinte: 

Guarda-te, não te enlaces com imitá-las, após terem sido destruídas diante de ti; e que não indagues acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações aos seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Não farás assim ao Senhor, teu Deus, porque tudo o que é abominável ao Senhor e que Ele odeia fizeram eles a seus deuses, pois até seus filhos e suas filhas queimaram aos seus deuses” Deuteronômio 12:30-31

Deus afirma claramente que não aceitará jamais esse tipo de culto, muito embora seja feito com a intenção de honra-lo. Ele considera abominável esse tipo de honra, que não é dirigida a Ele, mas tão somente aos falsos deuses do paganismo.

Deus nos proíbe adorá-lo “conforme nos dita a consciência”—frase ouvida frequentemente dos lábios das pessoas que não conhecem a Palavra de Deus. Ele nos comanda a adorá-Lo somente “em espírito e em verdade” (João 4:24).

Em Mateus 15:9 Jesus diz: “E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”. A observância do Natal e todas as tradições relativas ao mesmo são “preceitos de homens”, portanto, é proibida por Deus. Em Mateus 15:6 Jesus declara: “...e, assim, invalidais a palavra de Deus por causa da vossa tradição”.

Essa prática pagã com aparência cristã, quando aqui analisada em detalhes, certamente deve ter chocado milhares de pessoas que estão praticando esse costume pagão, imaginando estar honrando o Senhor Jesus. Contudo, esta prática entrou na assim chamada “igreja Católica Romana” e daí se expandiu entre o Protestantismo.

Desse modo precisa ser analisada com a maior seriedade para evitar que estejamos praticando algo abominável aos olhos do Senhor. Seria bom ler e meditar nos dois versículos seguintes: ... BABILÔNIA A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA...Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices dos seus pecados e para não participares dos seus flagelos”Apocalipse 17:5 e 18:4.


Capitulo do livro (páginas 45-52):
Confissões Surpreendentes de um ex-padre
De: José Barbosa de Sena Neto
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