Batistas do Sétimo Dia

A lei no Antigo Testamento é um todo unificado, não uma colcha de retalhos de regras e histórias aleatórias, mas isso não significa que podemos tratar tudo da mesma maneira, porque dentro das leis da Antiga Aliança existem classes discerníveis de leis. Se você já se perguntou por que os cristãos são proibidos de cobiçar, mas agora são autorizados a comer carne de porco, então já percebeu porque essas distinções são importantes.

Os santos ofícios são sinais e selos do pacto da graça salvadora, instituídos por Deus para representar Cristo e os Seus benefícios, e confirmar o nosso interesse nEle, bem como fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e induzi-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a sua palavra, 1 Coríntios 11:26; João 13:14-17; 1 Coríntios 10:16-17.

Batistas do Sétimo Dia: Calvinistas ou Arminianos?

À medida que trabalhamos para corrigir erros comuns e equívocos sobre a história Batista do Sétimo Dia, este mês olharemos para alegações frequentes sobre nossa doutrina. Esta refere-se a uma das divisões teológicas protestantes mais prevalentes - Calvinismo e Arminianismo.

O dom espiritual de curas é uma habilidade divina conferida ao homem, que permite a este fazer curas milagrosas, perfeitas, gradativas ou repentinas, Atos dos Apóstolos 3:6-10. O dom natural de curas, através da medicina, é uma habilidade adquirida por meios de estudos científico-biológicos, II Crônicas 16:12; Colossenses 4:14

Após a Sua ressurreição, e antes de partir desse mundo para o Pai, Cristo deu o seguinte encargo aos seus discípulos:

 Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.    

Mateus 28:18-20

Juntamente com a santa ceia, o batismo é uma das ordenanças que Cristo instituiu para a igreja e que deveria ser realizada até à Sua vinda. Porém, apesar da importância dessa ordenança, as igrejas cristãs têm discordado entre si em dois aspectos: quanto aos sujeitos e ao modo do batismo.

Com a primeira questão, discute-se quem pode receber a ordenança. As igrejas pedobatistas creem que o batismo pode ser administrado a bebês, enquanto as igrejas credobatistas creem que a ordenança só é apropriada àqueles que têm condições de entender o Evangelho e conscientemente receberem a Cristo como seu Senhor e Salvador (você pode ler mais sobre essa questão em Por que não batizar crianças?).

Na discussão sobre o modo do batismo, discute-se qual é o modo apropriado de se realizar a cerimônia. Basicamente, há três modos propostos: a aspersão, a efusão e a imersão. Aqueles que batizam por aspersão, o fazem borrifando ou chuviscando a água sobre o batizando. Na efusão, a água é derramada sobre a cabeça do batizando. Na imersão, a pessoa é totalmente mergulhada em água. Essa última forma é a realizada nas igrejas Batistas, como a Igreja Batista do Sétimo Dia.

Apesar de essas questões não serem essenciais para determinar a salvação de uma pessoa, são importantes, pois como cristãos buscamos obedecer aos mandamentos do Senhor conforme a maneira em que Ele os instruiu. Nesse estudo, procuraremos demonstrar que a imersão é o modo que melhor faz justiça aos ensinamentos bíblicos e ao testemunho histórico da igreja cristã.

O Significado da Palavra Batismo

O uso geral das palavras bapto e baptizo, tanto no grego secular como no grego clássico, expressa as ideias de mergulhar, imergir (consulte, por exemplo, os léxicos de Thayer, Strong e de Liddell & Scott).

Por exemplo, no texto grego do Antigo Testamento, Naamã deveria mergulhar (baptizo) sete vezes no Jordão (2 Reis 5:14) e o sacerdote deveria mergulhar a ponta de seu dedo em sangue (Levíticos 4:17).

Os imersionistas concordam que baptizo pode também ter “aspergir” ou “derramar” como significados secundários no grego. Por exemplo, as purificações do Antigo Testamento, que muitas vezes envolviam a aspersão de sangue e água, são chamadas de “batismos” no Novo Testamento (Hebreus 9:10-13). Mas notamos o seguinte: o grego possui palavras específicas para aspergir (rhantizo) e derramar (katacheo). Se a forma correta de batismo é a aspersão ou efusão, por que tais palavras nunca são usadas no Novo Testamento para se referirem ao batismo?

Quando o Rei Tiago quis traduzir a Bíblia para o inglês no século XVII, reuniu um grupo de eruditos para realizarem a tradução. Quando se depararam com a palavra grega baptizo, sabendo que ela significava “imergir”, tiveram um problema, pois a Igreja da Inglaterra batizava por aspersão. A pedido do rei, ao invés de a palavra ser traduzida, ela foi anglicanizada, virando “batizar”, como aparece nas Bíblias em inglês e português.

Vários tradutores franceses da Bíblia (por exemplo, Chouraqui e Pernot) chamam João Batista de João, o Imersor. A Bíblia Judaica Completa, tradução de David Stern, também usa essa mesma forma.

O reformador protestante Martinho Lutero escreveu: “O termo batismo é grego; em latim pode ser traduzido por mersio, uma vez que imergimos qualquer coisa em água, para que o todo seja coberto pela água.” (Works, V. I, pág. 77)

O Deão Stanley, historiador da Igreja Oriental, afirma: “A prática da Igreja Oriental e o significado do vocábulo não dão motivo suficiente para qualquer dúvida de que a forma original do batismo era imersão completa nas profundas águas batismais.” (História da Igreja Oriental, pág. 34)

O Significado do Batismo

Os cristãos que praticam a aspersão ou a efusão argumentam que essas formas representam de forma mais adequada o “batismo com o Espírito Santo”, o qual é retratado no Novo Testamento como um “derramamento” (Atos dos Apóstolos 2:33). Embora haja certa lógica nessa forma de pensar, pois o batismo é associado com o recebimento do Espírito Santo por parte do cristão (Atos dos Apóstolos 2:38), devemos notar que o significado da ordenança é associado na Bíblia à identificação do crente com a morte, sepultamento e a ressurreição de Cristo.

 Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se dessa forma fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição;    

Romanos 6:3-5

 Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.    

Colossenses 2:12

Em um sepultamento, todo o corpo é colocado na sepultura. Sendo o batismo um símbolo do sepultamento do crente para o pecado e de sua identificação com o sepultamento de Cristo, como poderiam a aspersão ou a efusão transmitirem tais significados? A imersão em água retrata o sepultamento com Cristo. A saída da água retrata a ressurreição de Cristo. Essa forma é o único método de batismo que ilustra tais verdades bíblicas.

John Wesley, fundador da Igreja Metodista, no seu comentário sobre Romanos 6:4 onde Paulo diz: “De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo”, nota: “Isto se refere ao modo antigo de batismo, o qual era por imersão”.

O teólogo e comentarista Metodista Adam Clarke, comentando sobre Colossenses 2:12, escreveu: “Fazendo alusão às imersões praticadas no caso de adultos, nas quais pessoas pareciam ser sepultadas sob a água, como Cristo foi sepultado no coração da terra.”

O Dr. David Smith, eminente teólogo irlandês e professor de um Seminário Teológico Presbiteriano, afirmou em sua obra The Life and Letters of St. Paul:

“São Paulo claramente tinha em vista o ato de imersão quando, em resposta à acusação de que sua doutrina de justificação pela fé sem obras implicava o antinomianismo, ele opôs a ideia da união mística dos crentes com Cristo (Romanos 6:3-4; Colossenses 2:12).”

No volume sobre Colossenses da erudita obra Expositor’s Greek Testament, o prof. A. S. Peake declarou:

“O rito do batismo em que a pessoa batizada foi primeiramente sepultada debaixo da água e então levantada da mesma tipificou para Paulo a sepultura e ressurreição do crente com Cristo.” (pág. 525)

As Purificações dos Judeus

Tanque para Purificações. Fonte: Programa Evidências

Os judeus realizavam diversos rituais e cerimônias de purificação. Sobre essas, o eminente teólogo Presbiteriano Charles Hodge, em sua obra O Batismo Cristão: Imersão ou Aspersão? (BCIA daqui para a frente), argumentou que “se isso era feito por imersão, cada família deveria ter um lugar apropriado. Nesse caso, o batistério seria tão essencial quanto a casa. No entanto, sem dúvida, em toda a história bíblica e judaica não há evidência alguma de que as famílias tivessem batistérios em casa, quer fossem ricas ou pobres, tivessem residência ou fossem nômades.” (pág. 19)

A arqueologia demonstrou a inexatidão desse argumento. As residências mais abastadas possuíam de fato banheiras e tanques para banhos e mergulhos cerimoniais. A imagem abaixo aponta os restos de uma casa do primeiro século, situada no monte Sião. Há uma banheira, e ao lado, um tanque para purificações.

Nessa próxima imagem, retrata-se um tanque em que o indivíduo descia por uma escada e subia por outra, indicando que desceu “impuro”, mas subiu “limpo”.

Fonte: Programa Evidências

Aqueles que não possuíam o privilégio de possuírem tais espaços em suas casas recorriam a tanques públicos, como os de Betesda e Siloé. Banheiras foram encontradas em grandes quantidades em construções próximas à extremidade meridional do templo, onde ficava a entrada principal. Essas salas de banho dentro de Jerusalém ressaltam o importante papel dos banhos cerimoniais na vida religiosa dos judeus do primeiro século.

Com a descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, obteve-se novos conhecimentos sobre a seita de Qumran conhecida como essênios, que habitava o deserto. Seu regulamento ordenava batismos ou banhos para purificação dos membros antes das reuniões e refeições, mas eles acreditavam que tais banhos não tinham valor a menos que houvesse determinação em se seguir os caminhos de Deus. Os arqueólogos descobriram tanques cuidadosamente construídos em suas comunidades.

 

As Muitas Águas de Enom

 Ora, João batizava também em Enom, junto a Salim, porque havia ali muitas águas; e vinham ali, e eram batizados.    

João 3:23

Os imersionistas apontam essa passagem como uma das claras evidências da imersão, pois não haveria necessidade de “muitas águas” para se realizar uma aspersão ou efusão.

Sobre essa passagem, Charles Hodge contestou que “não havia senão as pequenas fontes de que as multidões — que atendiam ao ministério de João — necessitavam para beber. Tais fontes, porém, não serviam para a imersão.” (BCIA, pág. 26)

Contrariando essa explicação, o reformador protestante João Calvino comentou:

“Os geógrafos nos informam que essas duas cidades, Enom e Salim, não ficavam longe da confluência do rio Jordão e do ribeiro Jaboque, e acrescentam que Citópolis ficava em suas proximidades. À luz destas palavras, podemos inferir que João e Cristo administravam o batismo imergindo o corpo inteiro na água, ainda que não devamos nos entregar com muita fadiga ao rito externo.” (O Evangelho Segundo João, vol. 1, pág. 139).

Os que se opõem à imersão, como Hodge, afirmam que as muitas águas serviam para dessedentar o povo que ia ouvir a João Batista, e não para o batismo. Sobre essa tentativa de explicação, Marcus Dods, também teólogo Presbiteriano, falando sobre o batismo de João em Enon, comenta:

“A razão de escolher este local foi ‘porque havia ali muitas águas’, ou muita água; e, portanto, mesmo no verão, o batismo por imersão podia ser continuado. Não é o refrigério do povo que ele tem em mira. Por que menciona tal assunto sem falar da maneira pela qual obtiveram sua comida?” (Expositor’s Greek Testament, vol. 1, pág. 719)

O Testemunho dos Pais da Igreja

Diversos escritos dos pais da Igreja testificam o batismo por imersão.

A antiga obra Didaquê (70-90 d.C.), embora permitindo a aspersão na ausência de água suficiente, prescreve a imersão como forma prioritária de batismo.

“Quanto ao batismo, faça assim: depois de ditas todas essas coisas, batize em água corrente, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Se você não tiver água corrente, batize em outra água. Se não puder batizar com água fria, faça com água quente. Na falta de uma ou outra, derrame água três vezes sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.” (7:1-3)

Justino Mártir (100-165 d.C.):

“Depois os conduzimos a um lugar onde haja água e pelo mesmo banho de regeneração com que também nós fomos regenerados eles são regenerados, pois então tomam na água o banho em nome de Deus, Pai soberano do universo, e de nosso Salvador Jesus Cristo e do Espírito Santo.” (Apologia 61:3)

Tertuliano (160-220 d.C.):

“O ato do batismo em si é carnal, pois estamos mergulhados na água, mas o efeito é espiritual, pois somos libertados do pecado.” (Do Batismo, c. 7)

“[No batismo] o homem é mergulhado na água, em meio à pronunciação de algumas poucas palavras, e em seguida sobe novamente” (Do Batismo, c. 2)

João Crisóstomo (347-407 d.C.):

“Ser batizado, pois, mergulhar, em seguida emergir é sinal da descida às regiões inferiores e subida de lá. Por isso Paulo também chama o batismo de sepulcro, nesses termos: ‘Pelo batismo nós fomos sepultados com ele na morte.’” (Comentário às Cartas de São Paulo – Quadragésima Homília)

O Testemunho da Igreja Ortodoxa

A Igreja Ortodoxa Grega, que se separou da Igreja Católica no décimo primeiro século, pratica unicamente a imersão como forma de batismo, e assim tem realizado desde a sua separação. Antes da cisão, ambas praticavam a imersão, com os católicos permitindo, em raros casos, a efusão de doentes. A aspersão só foi oficializada pelo papa como método de batismo pela autoridade do Concílio de Ravena, no décimo quarto século.

O Testemunho da Arqueologia

igreja de Dura Europos, na Síria. o mais antigo batistério de
que temos notícia.  Fonte: Beliefnet

As evidências arqueológicas apontam conclusivamente que por diversos séculos a imersão foi a forma de batismo dominante na igreja. A igreja cristã mais antiga já encontrada é a igreja de Dura Europos, na Síria. Lá localiza-se o mais antigo batistério de que temos notícia, no qual eram realizados batismos por imersão.

O batistério de São João de Poitiers, na França ocidental, foi construído por volta de 350 d.C. Dentro de uma câmara retangular, cercada por outros anexos, havia uma grande piscina octogonal com três degraus.

Batistério de São João de Poitiers, na França. 
Fonte: World Tourism Info

O arqueólogo franciscano Frei Virgílio Corbo tornou conhecida a cidade de Cafarnaum à luz da arqueologia. Uma campanha realizada em 1968 levou à descoberta de casas que remontam ao século I da era cristã. Identificou-se uma igreja cristã octogonal do período bizantino (séculos IV a VI), sendo visto um batistério do século V, construído em forma octogonal, sobre onde se acredita ter sido a casa de Pedro.

Batistério Octagonal do século V.
Fonte: Biblical Archaeology Review

Só em Roma, 25 batistérios haviam sido construídos até o sexto século. Na Gália, é provável que cada diocese tivesse seu próprio batistério. De acordo com certa fonte, eles chegavam a cerca de 150.

Wolfred Nelson Cote, na obra The Archaeology of Baptism (pág. 160-161), lista as localizações de sessenta e cinco batistérios somente na Itália, construídos entre o quarto e o décimo quarto séculos, com formas diversas (circular, octagonal, quadrada, doze lados, cruz grega etc.). Todos eles foram construídos para o batismo por imersão.

Os Três Mil Conversos de Atos Dois

Aqueles que se opõem ao batismo por imersão afirmam que seria impossível a imersão das três mil pessoas que aceitaram a Cristo no Pentecostes, conforme Atos dos Apóstolos 2 Afirmam que não haveria nem local nem oficiantes para tal. Por exemplo, Hodge declarou: “Tudo é suposição... que era necessária muita água para batizar tanta gente, e em Jerusalém, nos arredores do templo, onde não havia tanta água, foram batizadas, por imersão, três mil pessoas, em poucas horas, fato que não é mencionado.” (BCIA, pág. 30)

Ruínas de tanques de purificação foram encontradas
nas proximidades do Templo de Jerusalém
Fonte: Programa Evidências

Em Jerusalém e em suas proximidades havia água suficiente para a imersão. Lá estavam os tanques de Betesda (João 5:2) e de Siloé (João 9:7). Dezenas de pessoas ficavam às margens do tanque de Betesda esperando receber uma suposta cura milagrosa (João 5:3-4). O tanque de Siloé era um imenso reservatório. Além disso, não precisamos supor que foram apenas os doze apóstolos que administraram a ordenança (Atos dos Apóstolos 1:15).

Além disso, em uma descoberta arqueológica recente, várias ruínas de tanques de purificação foram encontradas nas proximidades do Templo de Jerusalém.

O Batismo do Carcereiro

 Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados.    

Atos dos Apóstolos 16:33

Alguns argumentam que não haveria um local apropriado para o batismo do carcereiro e sua família, devendo, portanto, terem sido aspergidos. Charles Hodge mais uma vez questiona:

Convertido na prisão a altas horas da noite, e batizado junto com os seus, imediatamente, sem sair daquele lugar, que instalação havia ali para a imersão? Acaso teriam ido a algum rio em plena noite?” (BCIA, pág. 30-31)

O relato da conversão e batismo do carcereiro é bastante sucinto, o que impede a construção de argumentos muito elaborados sobre essa questão. Possivelmente, haveria na prisão uma fonte ou uma cisterna (um reservatório de água cavado na terra e forrado com pedras), onde se poderia facilmente imergir o carcereiro e seus familiares.

O Batismo do Eunuco

Outro argumento utilizado por aqueles que se opõem à imersão é que Filipe não encontraria um local para batizar o eunuco no deserto. Mais uma vez, Hodge argumenta que “é duvidoso que, no lugar deserto em que se encontravam, houvesse uma corrente de água suficiente para submergir uma pessoa.” (BCIA, pág. 32)

Mas devemos concluir que foi exatamente o que aconteceu, pois ambos só param a carruagem quando encontram água pelo caminho (Atos dos Apóstolos 8:36). Com certeza o viajante eunuco levaria água de reserva em odres para beber na viagem. Se o batismo fosse por aspersão, bastava ele pedir para Filipe pegar um dos odres de água e derramar um pouco sobre sua cabeça e assim estaria batizado.

E uma descoberta arqueológica bem recente pode lançar nova luz sobre esse episódio.

Ein Hanya
Ein Hanya, provável o local onde o eunuco etíope foi batizado.
Fonte: Guiame

“Arqueólogos desenterraram uma piscina antiga perto de Jerusalém, onde o evangelista Filipe teria batizado o eunuco etíope. A descoberta faz parte de um parque natural que foi inaugurado na última quarta-feira (31/01) após cinco anos de escavações em Ein Hanya, nas montanhas da Judeia.

Além da piscina antiga, a Autoridade de Antiguidades de Israel revelou outras importantes descobertas bíblicas, como o capitel (extremidade superior de uma coluna) típico das estruturas reais da era do Primeiro Templo e uma das moedas mais antigas já descoberta em Jerusalém. [...]

Alguns comentaristas cristãos identificaram Ein Hanya como o local onde o eunuco etíope foi batizado, conforme é descrito em Atos dos Apóstolos 8:26-40, disse o arqueólogo israelense Yuval Baruch

‘O batismo do eunuco por Filipe foi um dos eventos-chave na propagação do cristianismo. Portanto, identificar o lugar onde isso aconteceu manteve os estudiosos ocupados por muitas gerações e se tornou um ponto comum na arte cristã’, completou Baruch.”

O Batismo no Mar e na Nuvem

Outros questionam o fato de 1 Coríntios 10:2 declarar que Deus batizou Seu povo “no mar e na nuvem”. Se bapto significa imergir, afundar, isso quer dizer que o povo de Israel foi “mergulhado” no mar?

Antes de refutar, tal texto na verdade comprova a imersão. A ideia do termo “imersão” requer que o batizando esteja no “interior” da água. Na travessia do Mar Vermelho, os judeus estavam em um lugar fundo e rodeados por muralhas de água. Por cima deles, havia uma grande e colossal nuvem, de forma que estavam completamente cobertos.

No volume sobre 1 Coríntios da obra Expositor’s Greek Testament, Richard J. Knowling diz que a passagem do Mar Vermelho e o Dilúvio eram típicos da imersão que introduziu na igreja os crentes coríntios (pág. 857 e 890) 

Conclusão

Os dados bíblicos, históricos e arqueológicos demonstram que a imersão é a forma mais apropriada para aqueles que desejam testemunhar publicamente sua fé em Jesus Cristo por meio do batismo.

Principais Referências Consultadas

Alan Millard, Descobertas dos Tempos Bíblicos, Vida, 1999.

Arqueólogos encontram piscina onde eunuco etíope foi batizado por Filipe. Disponível em: <https://guiame.com.br/gospel/israel/arqueologos-encontram-piscina-onde-eunuco-etiope-foi-batizado-por-filipe.html>.

Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea, Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, 2007.

Charles Hodge, O Batismo Cristão: Imersão ou Aspersão, Cultura Cristã, 2003.

George E. Rice, Baptism in the Early Church, Ministry: International Journal for Ministries, março de 1981.

João Calvino, O Evangelho Segundo João, vol. 1, Fiel, 2015.

Programa Evidências, O Batismo Cristão, Canal TV Novo Tempo, 2014.

The NAS New Testament Greek Lexicon. Disponível em: <https://www.biblestudytools.com/lexicons/greek/nas>.

William Carey Taylor, Estudos - Batismo Bíblico. Disponível em: <http://www.palavraprudente.com.br/estudos/wc_taylor/batismo>.

O dom de profecia foi dado à igreja para que, através dele, ficássemos orientados sobre os acontecimentos passados presentes e futuros, Amós 3:7; Daniel 12:4; Apocalipse 1:3 18,19. Em primeiro lugar devemos considerar que a profecia bíblica já predisse tudo o que já aconteceu, o que esta acontecendo e o que deve acontecer. 2 Pedro 1:19-21 ; Gálatas 1:8-9.

Os Batistas do Sétimo Dia consideram a liberdade de consciência debaixo da direção do Espírito Santo ser essencial a fé e prática. Então nos encorajamos o estudo sem empecilhos e a discussão aberta das Escrituras. Nos asseguramos a liberdade de consciência individual, buscando determinar e obedecer a vontade de Deus.

Não é nossa intenção que a declaração seguinte seja exaustiva, mas sim uma expressão de nossa convicção comum a qual é derivada de nosso entendimento. Salmos 119:1-8, 33-40, 105,106. Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para os meus caminhos. Jurei e confirmei o juramento de guardar os teus retos juízos.

O arrependimento dos pecados também é um dom de Deus. O pecador movido pelo sentimento não só da condenação, mas também da impureza e da odiosidade do pecado que contraria a natureza e justa lei de Deus, de tal maneira sente e aborrece os seus pecados que, deixando-os, se volta para Ele, procurando obedece-lo em todos os seus mandamentos. Ainda que não devamos confiar no arrependimento como sendo, de algum modo uma satisfação pelo pecado, ou em qualquer sentido a causa do perdão, que é um ato de livre graça de Deus em Cristo. Ele é de tal modo necessário aos pecadores que sem ele ninguém poderá ser perdoado. 1 João 1:9; 1 João 5:1-3; Provérbios 28:13; Atos dos Apóstolos 2:38; Salmos 51:1-13; Atos dos Apóstolos 17:30; Lucas 13:3-5; Tito 3:5; 2 Coríntios 7:10.

Logo Batista to Sétimo DiaO logotipo Batista do Sétimo Dia é o símbolo que usamos para representar nossas igrejas, nossos ministérios e nossa Conferência. Há mais de 100 anos, nós colocamos um desenho do logotipo em nosso escritório e literatura como uma marca de identificação visual; é a nossa assinatura.

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